Homeopatia na Gestação Prolongada
- Ronise Duarte Pantano
- Jul 18, 2017
- 4 min read
Há relatos em trabalhos de caráter científico com as expressões pós-termo, pós-datismo ou pós-maturo que são usadas, sem nenhum critério, para nomear gestações que excedem o limite de duração considerada normal, e a imprecisão em seu uso, associada às várias definições sobre o limite da normalidade, corrobora para essa confusão. Contudo, os termos pós-datismo ou pós-data devem ser abandonados, pois o problema real, em algumas gestações prolongadas, é definir exatamente qual é a pós-data. Importante lembrar que o uso indiscriminado desses termos pode falsear o aumento da prevalência de gestações patologicamente prolongadas.
Não são poucos os mitos e histórias que cercam a gestação e a hora do parto, com certeza você já ouviu falar algum desses “e se passar da hora”, “preciso entrar em TP ate o dia tal” ‘'data limite para esperar”, e lá vai muitas no mesmo sentido. E elas vem tanto dos curiosos e palpiteiros de plantão como também dos próprios profissionais de saúde. O que não se pensa, ou não se avalia, é que o stress emocional e peso que isso gera a uma gestante influencia direta ou indiretamente em sua saúde psicológica, e altera seu estado mental e com certeza irá refletir no seu estado físico. Nessa matéria Dr. Braulio Zorzella esclarece “qual a diferença entre passar do tempo e passar da hora: http://www.brauliozorzella.com/mitos-do-parto-passar-do-tempo-x-passar-da-hora/ questão pontual a ser trazida como informação e exclarecimento sobre o tema. A data “limite’' que é dada para a chegada de um bebê, não só dispara um start de preocupação e perturba o estado emocional da gestante como também trás um peso gigantesco para o profissional responsável técnico.
Mas, onde entra a Homeopatia nesse caso?!!
Entra trazendo o equilíbrio emocional para a gestante, e o chamado fisiológico que o corpo precisa neste exato momento.
E quem dá o primeiro sinal que está na hora do parto?!!
Muitos estudos e pontos são expostos aqui, o que sigo é o que mostra que o bebê avisa o corpo materno quando seus pulmões estão prontos.
Então por que a mãe não entra em TP?!!
Porque seu organismo pode estar em algum processo de desconexão, precisando ser potencializado e sendo chamado a reagir dentro do percurso natural do que seu corpo é capaz.
Aí está a homeopatia agindo com exatidão na fisiologia da mulher, fazendo com que seu organismo escute o sinal natural e responda biologicamente, se bem monitorada e acompanhada.
Quando se administra a homeopatia na hora do parto?!! Sou totalmente parceira de trabalhar em conjunto com um profissional técnico responsável pelo parto, pois aí entra o acompanhamento técnico e a avaliação do Homeopata, indicando e administrando a homeopatia.
A homeopatia age de forma segura, e a sua diferença é que não teremos uma ação química na parturiente, e sim uma atuação orgânica.

Minha maneira de atuação hoje, se baseia que, dentro da Homeopatia temos a Teoria dos Miasmas, que segundo seu criador Hahnemann, descreve os mesmos como forças negativas, frente às quais nos rendemos impotentes. Que seriam maneiras do indivíduo apresentar o seu adoecer. Partindo disso, faço uma conexão entre essa teoria dos Miasmas da Homeopatia com os estágios do processo de nascimento.
Isso seria entender que os imprints que a mãe venha a ter no nascimento de seu filho, influenciam diretamente na percepção de mundo e de individualidade desse ser. E também que muitas vezes, pra não dizer quase sempre, essa mulher entra nos miasmas que sua mãe acessou em seu nascimento.
Usar a homeopatia na cura da mulher, e no parto, foi uma grande busca em toda minha carreira como profissional, e copilar a teoria dos Miasmas com as fases do Trabalho de Parto foi o que hoje acredito ser o mais importante para mim na busca da cura, pois a homeopatia chega onde esses miasmas começaram, na origem. Claro que durante o parto isso se dá de forma muito intensa e profunda, mas, mesmo depois de adultos, podemos curar com a homeopatia os miasmas que carregamos desde o nosso nascimento.
E uma gestação que se desenrola por mais tempo que o previsto por toda comunidade clínica, está diretamente envolta nesses miasmas.

Segundo palavras da enfermeira obstetra e terapeuta Homeopata Letícia Colossi, tendo um entendimento profundo do que é homeopatia, da memória da água, numa perspectiva de cura, em um processo transformador, encontramos a força fenomenal em uma mulher em trabalho de parto. Podemos ver um parto mudar totalmente seu curso quando administrado o medicamento certo, na potência e na hora certa e os resultados são incríveis.
Tanto podemos estar diante de uma gestante com 41+3 (semanas ) precisando potencializar o corpo para engrenar um trabalho de parto até uma dilatação que não avança ou um estado emocional alterado, a homeopatia trás o toque diferencial que vai de encontro com o trabalho e percepção do profissional.
Alguns exemplos são:
* Podemos ver o poder de um Natrum Muriaticum ou um Aconitum atuando no estado emocional de mágoas e medos da mulher.
* Como podemos acompanhar a pontualidade de um Caulophyllum nos casos de dilatação que não evolui.
* Ou ainda uma Actea Racemosa atuando com eficácia na descida de um bebê em um plano alto, mesmo em total dilatação.
* No final de um trabalho de parto, quando a mulher encontra-se com medo do expulsivo, um Gelsemium pode ser administrado.
Por isso, é de suma importância e o grande diferencial, a sincronização entre a equipe responsável pelo parto e o Terapeuta Homeopata que irão fazer a leitura da paciente para que a homeopatia administrada seja aplicada no momento e na dosagem exata.
Entendendo todas essas questões faz nos refletir sobre a importância da individualização da mulher em seu parto, e onde a homeopatia pode chegar com sua força de cura.
Referência:
* Bhutta ZA, Darmstadt GL, Haws RA, Yakoob MY, Lawn JE. Delivering interventions to reduce the global burden of stillbirths: improving service supply and community demand. BMC Pregnancy Childbirth. 2009;9 Suppl 1:S7.
* Gelisen O, Caliskan E, Dilbaz S, Ozdas E, Dilbaz B, Ozdas E, et al. Induction of labor with three different techniques at 41 weeks of gestation or spontaneous follow-up until 42 weeks in women with definitely unfavorable cervical scores. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2005;120(2):164-9.
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